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sábado, dezembro 10, 2005

Blade Runner, (ex)tensões do Negro, por Pedro Sargento


(1ª perspectiva)
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Um filme que se introduz como uma cidade negra, em fogo, Uma visão de Dystopia, decadência, chuva e solidão. O meu artigo sobre Blade Runner pretende atender principalmente ao que no filme escapa ao seu conteúdo propriamente dito, mas que também não lhe define, pelo menos totalmente, a forma. Falo da sua cor. Aquilo que move o filme numa cinematografia absolutamente excepcional, é, na minha opinião, o uso que nele se faz da cor. Mas utilizar a cor como dispositivo filosófico requer que dela suguemos a pertinência para um ensaio sobre o visual.
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O efeito que as matizes escuras que circundam todo o filme produzem, traduzem-se num efeito de abrandamento que parece sugar-nos para dentro do ecrã. Existe um sentimento de distância que contribui para nos manter alerta, interessados pelos intervenientes, embora tenhamos os sentidos absortos pela atmosfera dançante e hipnótica daquela cidade e daquela negrura. Somos instalados, portanto, como se não mais tivéssemos controlo sobre nós, como se fôssemos criações de uma vontade superior, que no dar a imagem mostrasse um poder sem forma, sem face, mas implacavelmente soberano, místico e visível, forte e sedutor. Esse inominável poder, agachado por trás daquilo que dá a ver, e que lhe é uma face tão aparente como verdadeira, pré-existe-nos, enquanto espectadores, enquanto seres-humanos, porque dele não faz parte qualquer definição, qualquer imposição da palavra. O que de mais anterior se esconde por trás da imagem, por trás da cor, por trás da consequência no sujeito daquilo que é imagem, só se esconde porque a sua oferta o torna invisível.

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