Gostaria de relembrar este excelente
filme de Milos Forman para posicionar um pouco o conceito de loucura num contexto filosófico. Tentemos apenas, uma vez que a loucura é um estado mental cujas fronteiras são em grande parte desconhecidas. Justamente, o que deve ser sublinhado é que a loucura assume nas suas mais elaboradas e profundas manifestações o carácter de disfunção. Quanto a mim, não há espaço, nestes casos, para classificar tal loucura de um modo possível e legítimo de existência, em relação a uma suposta maior clarividência dos factos, socorrendo-se da justificação pseudo-filosófica da “loucura enquanto um modo-outro” de estar no mundo. Os casos mais graves de esquizofrenia, por exemplo, são altamente incapacitantes e não são, para a pessoa que dela sofre, um modo privilegiado de sentir, ver ou pensar.
.
.