Se Isto é Um Homem
«No século XXI a Corporação Tyrell atingiu a fase Nexus na evolução robótica – um ser virtualmente idêntico ao homem – designado por replicant» (Blade Runner).
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A apropriação do título do livro de Primo Levi – Se Isto é um Homem – não é arbitrária. A ideia é apresentar imediatamente a intenção do artigo: a intenção é antropológica (ou meta-antropológica , explicarei porquê mais adiante).
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O filme Blade Runner , creio que praticamente toda a gente já o conhece ou dele terá ouvido falar, será o filme sobre o qual o artigo se debruçará. Para nós, filósofos, aprendizes filósofos ou simples interessados em filosofia, é um filme óptimo, uma vez que dele se pode tirar muitos problemas de natureza filosófica. Não será esse o caso neste artigo. Os problemas a abordar não são directamente tratados no filme. Portanto, não é o caso que as questões a colocar pelo artigo tenham sido extraídas do filme, as questões subsistem sem o filme. Aquilo que o artigo pretende do filme é simplesmente extrair um ser hipotético que é de tal maneira semelhante ao homem que coloca problemas acrescidos à definição tradicional de homem – ‘animal racional' – ou a qualquer outra tentativa de defini-lo. Tais seres são chamados replicants (ou réplicas , em português). Não que esses problemas dependam da existência dos replicants , mas tornam-se mais claros à luz da possibilidade da sua existência.
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