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sábado, dezembro 31, 2005

O Génio não se aprende...


Depois da óptima sugestão de auditoria feita há tempos pelo meu colega Pedro, o Requiem mozartiano, decidi rever o filme Amadeus, de Milos Forman, 1984, no qual se retrata a genialidade, excentricidade e talento de Mozart. Estas propriedades de Wolfang Amadeus Mozart, segundo a opinião de muitos, o mais genial compositor de sempre, são contrapostas à mediocridade, maldade e inveja instanciadas por António Salieri, o - segundo o filme - banal compositor de corte que tudo fez para destruir a vida e a obra de Mozart.
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É por norma bastante complicado distinguir o facto histórico da ficção histórica, tanto mais quando a história versa precisamente sobre a vida e obra de figuras ímpares. Caso haja um cunho de verdade histórica no filme de Forman, importa retirar as seguintes ilações:
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1) A genialidade não se aprende.
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2) O talento não se compra (para nós próprios, claro).
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3) Há disposições inatas nos homens.
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4) A normalidade é trivial e dolorosa, para os “normais” que desejam ser mais que normais.
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5) A mediocridade é um estado (e gera complexos de inferioridade).
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6) A inveja surge sempre na consciencialização - ou manifestação - de uma incapacidade, impotência ou ausência.
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7) Tanto podemos ser famosos pelo positivo (pelo génio - Mozart) como pelo negativo (pela mediocridade - Salieri).
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8) Mais vale sê-lo que parecê-lo, principalmente quando nunca poderemos vir sê-lo. Devemos, pois, perceber quando desistir de sê-lo, e agir em conformidade; isto, claro está, antes que as nossas acções se tornem doentias e moralmente condenáveis.
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9) Do ponto de vista da perenidade e da eternidade, é preferível morrer novo e ser enterrado numa vala comum, depois de ter deixado obras-primas inigualáveis, do que ser “enterrado” morto-vivo num hospício, chorando e definhando aos poucos por não deixar nada de importante para os vindouros.
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10) Mais vale ser um bom afinador de pianos do que um mau compositor. (Transpondo para a filosofia: mais vale ser um bom intérprete ou crítico de textos do que propriamente um fraco criador de ideias ou de textos, i.e., um mau filósofo – se é que existe tal coisa).
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Tendo apresentado esta espécie “dez mandamentos” para o sucesso, a fama e a “imortalidade”, resta-me desejar a todos um Bom 2006, pleno de criatividade e ideias filosóficas fantásticas; a par, claro está, dos já tradicionais votos de Boa Saúde, Paz, Dinheiro… etc, etc.
(Já agora, era bom se pudessem colaborar um pouco mais em 2006. Se não conseguirem, paciência. Voltem sempre que vos apetecer).
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Um abraço! Bom ano para todos!
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Luís

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