Na sequência das pérolas musicais que temos vindo a apresentar, avançamos desta feita com uma preciosidade dos saudosos (ou talvez não) anos 80. O tempo era de liberdade e descoberta da liberdade. Começava a ser permitido beijar a namorada(o) na via pública sem sermos cravados por olhares de reprovação vindos de adeptos(as) do Antigo Regime. Os rapazolas iam às Matinés ver filmes que detestavam (com a Meryl Streep, principalmente) na esperança de sacar uns beijos às namoradas ou, quem sabe, até algo mais. As Raparigas “produziam-se” até ao limite do bom-senso só para irem no sábado à noite à discoteca impressionar ao máximo aquele fulano que tinha ficado debaixo de olho na semana anterior (pois, pois, só se ia uma vez por semana para a farra, não é como hoje que vale tudo), etc. Viam-se os episódios finais de Fama na TV e o Júlio Isidro tinha um programa “imperdível” (yerK!) ao domingo à tarde (ou seria ao sábado?) com o lindo nome de Passeio dos Alegres. Só se via o Passeio quando o rapaz desviava o nariz da objectiva, claro!
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Muito haveria para dizer desta década que cultivou desde o Disco-Sound (já em desuso na altura), passando pela nouvelle vague (futurismo), o movimento musical Punk (Sex pistols e Co), rock sinfónico (com os saudosos Pink Floyd no auge), heavy metal do piorio (AC/DC - Iron maiden - Scorpions, etc), e, como não poderia deixar de ser, claro, um Pop-Rock com influências anglo-saxónicas profundas.
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É neste último grupo que se inclui o sonoro que agora disponibilizamos. As músicas pertencem à banda sonora do filme Streets of Fire (1984), um filme típico de acção com muito pouco sumo (ainda assim um clássico do cinema B norte-americano). A história é simples: Uma vocalista de Rock de arrasar (Diane Lane na sua melhor condição física) é raptada por um Vilão convincente (o magnífico Willem Dafoe) que é trucidado no final pelo herói irresistível, para a vocalista, claro, e solitário (um canastrão de bradar aos ceús, Michael Paré, que nunca mais fez nada de jeito). Além disto, muito cabedal negro, Harleys com cromados de ferir a vista ao sol, bares imundos com pancadaria QB, bebida e tiroteio à boa guisa de John Wayne, Sexo e Rock & Roll. Enfim, todos os ingredientes que o pessoal mais jovem não desgosta de todo, não é? Se o filme fosse dos anos 90/2000 poderia perfeitamente ter sido realizado pelo Quentin Tarantino ou mesmo pelo Robert Rodriguez. É, portanto, uma espécie de antecipação do que se iria seguir do mesmo género.
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É nesta linha que encontramos alguns nomes conhecidos do Pop Rock anglo-saxónico da época a contribuir para a Banda-sonora. Os mais conhecidos são, sem dúvida, Jim Steinman (Meat Loaf), Tom Petty e Jim lovine (na produção), Ry Cooder (Paris Texas, entre outros) e Stevie Nicks (dos saudosos Fleetwood Mac) na composição, etc.

Os temas em auditoria são:
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1. Nowhere Fast – Fire Inc.
3. One Bad Stud – The Blasters
4. I can Dream About You – Dan Hartman
5. Hold That Snake – Ry Cooder
6. Count Down To Love - Greg Phillinganes

7. Never Be You – Maria Mackee
8. Tonight is What it Means to Be Young – Fire Inc.
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Enjoy!
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Luís