Editorial de Fevereiro, por Luís Rodrigues
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Pode muito bem ser que se tenha chegado a este ponto por duas razões, e não consigo decidir qual delas é o caso. A primeira é o facto do projecto ser em si mesmo demasiado complexo e, paralelamente, apresentar material complicado QB para poder ser bem digerido pela maioria das pessoas. Sei do que falo, pois a maioria dos meus familiares próximos não lê o que escrevo, preferindo … enfim, é melhor estar calado. A segunda é simplesmente o facto de assentar numa ideia medíocre – o que é uma hipótese que gostaria de repudiar, mas que se afigura cada vez mais como bastante plausível.
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Seja como for, é talvez chegado momento de fazermos uma reflexão sobre a viabilidade e pertinência do Cinefilosofia. Da parte que me toca, não sei se poderei continuar a perder o meu tempo com o projecto, pois sinto que o prazer se começa a transformar em obrigação - tanto em mim como nos meus colegas -, o que não é de todo saudável e não vai certamente produzir bons resultados.
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Luís Rodrigues