Curtas-metragens de Filosofia

Assim inauguramos as curtas-metragens cinefilosóficas de Fevereiro, que têm como tema-base a Estética. Tendo a Estética a ver sobretudo com a Imagem, achei que o espírito do Romantismo alemão serviria como um Martini serve de aperitivo a um romântico jantar italiano.
O Absoluto é um dos temas centrais da reflexão Estética do início do séc. XIX. Nomes como Schlegel, Schiller, Hölderlin ou Schelling impulsionaram, na Alemanha, o fervor levantado pela Revolução Francesa, transmitindo para a Filosofia as ideias revolucionárias e grandiosas que presidiriam, politicamente, à Revolução. Os românticos extasiam-se com o mundo, e principalmente pelas profundezas da alma humana. Sentem que cada ente aponta para a Unificação plena, o único Ser, aquele que a tudo pertence e ao qual tudo pertence. A transposição das dicotomias, feita através da união e da afirmação dessas mesmas dicotomias, prezando assim muito mais o princípio da contradição que o princípio da não-contradição, é para o Romantismo um leit-motiv não só filosófico, mas sobretudo Ético-Estético.
A época romântica, que nas questões da Filosofia do Conhecimento, principalmente, traduz-se no Idealismo (Fichte, Schelling, Schleiermacher e, depois, Hegel e Schopenhauer) pretende constituir-se como um Programa, um sistema político-pedagógico que daria à Humanidade a sensibilidade necessária para tomar bem conta de si. Enfim, será pela graciosidade desta ideia que o termo romântico adquiriu também o significado de ingénuo, sonhador ou irrealista?
Aqui está uma interessante e informativa colectânea de textos sobre o Romantismo.